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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Osama bin Laden e os observadores do Sábado!!

Osama bin Laden e os observadores do Sábado

A notícia tomou de assalto todos os meios de comunicação no mundo inteiro: Osama bin Laden, o inimigo nº 1 dos EUA e do mundo, da paz e segurança mundial, homem mais procurado do planeta, foi abatido a tiro numa operação levada a cabo pelas forças especiais americanas em território paquistanês. Termina assim uma década de busca àquele que foi considerado e assumido como culpado e orquestrador de alguns dos mais violentos atos da História moderna.

Ou talvez não... Convirá referir que ainda muito haverá para definir quanto ao que sucederá àquilo que no ocidente se convencionou chamar de "terrorismo internacional", cuja figura maior era o agora falecido bin Laden.

Se quisesse discutir as implicações mundiais de tal acontecimento, poderia iniciar aqui um debate que facilmente se prolongaria no tempo com mais dúvidas do que conclusões. Antes, prefiro olhar para tudo isto e as reações que já surgiram e tentar perceber que relevância estes acontecimentos têm no âmbito daquilo que entendemos como sendo o rápido aproximar do fim dos tempos.

Em primeiro lugar, creio que não terá sido surpresa alguma o consenso geral de satisfação pela morte de bin Laden. Durão Barroso, líder da União Europeia, disse que esta morte é um "grande feito" e que "torna o mundo um lugar mais seguro"; o ex-presidente americano George W. Bush opina que estamos perante "uma vitória para os Estados Unidos"; Bill Clinton, seu antecessor, classifica o momento como "profundamente importante"; o governo alemão declara que esta é uma "boa notícia"; David Cameron, Primeiro-ministro inglês, considerou tratar-se de "um gigantesco passo em frente"; também o Kremlin se mostra agradado com o resultado desta operação.

Na mesma onda, talvez mesmo mais efusiva, vemos algumas dezenas ou centenas de pessoas que, altas horas da madrugada, ocuparam as ruas de algumas cidades americanas, principalmente Nova Iorque, para, enrolados em bandeiras americanas, celebrarem efusivamente a morte do líder da Al-Qaeda. Isto até me fez estabelecer um paralelo com a morte de Yasser Arafat alguns anos atrás, que provocou enorme satisfação em alguns círculos judaicos...

Independentemente das causas justas que se coloquem (ou não...), reparo em como se celebra a morte de um homem. Mesmo com todas as condicionantes, é de frisar que aqueles que se sentem vítimas de uma ideologia que usa como forma de ação a extrema violência, incluindo a morte brutal, se deleitem agora porque foi usada a exata mesma receita para com os seus inimigos...

Poderemos até pensar: "bem feito!"; contudo, isso apenas torna a vítima igual ao agressor, com um mesmo impulso vingativo que justifica e abona um comportamento no qual os criminosos conseguem exercer a sua influência sobre o agredido, pois, simplesmente, o que acontece é que trocaram de posições...

Contudo, e este foi o pormenor que desde que ouvi a notícia captou a minha atenção, atente bem, e de novo, para alguns dos argumentos usados nas manifestações de regozijo pela morte de Osama bin Laden:
a) o maior "mal" foi finalmente derrotado e propõe-se a sua erradicação;
b) o mundo foi libertado da sua maior ameaça;
c) abrem-se novas perspetivas de paz e segurança.
Noutro âmbito (sim, entenda, por favor que um evento não está relacionado com o outro; usarei da comparação apenas pelo princípio invocado), é curioso verificar que a pena inspirada de Ellen White anunciou quais seriam os argumentos levantados para suscitar a destruição dos guardadores do Sábado. Relembre-os, resumidamente, aqui (destaco os sublinhados):
"A ira do homem será especialmente despertada contra os que santificam o sábado do quarto mandamento; e por fim um decreto universal denunciará a estes como dignos de morte" (Profetas e Reis, p. 512).

"Os poderes da Terra, unindo-se para combater os mandamentos de Deus, decretarão que todos, "pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos" (Apoc. 13:16), se conformem aos costumes da igreja, pela observância do falso sábado. Todos os que se recusarem a conformar-se serão castigados pelas leis civis, e declarar-se-á finalmente serem merecedores de morte" (O Grande Conflito, p. 604)
"Insistir-se-á em que os poucos que permanecem em oposição a uma instituição da igreja e lei do Estado (n.d.r.: a observância do domingo), não devem ser tolerados; que é melhor que eles sofram do que nações inteiras sejam lançadas em confusão e ilegalidade" (O Grande Conflito, p. 615).
Ou seja: da mesma forma como, hoje, há grande alegria porque é melhor que Osama bin Laden morra do que as nações continuem a viver ameaçadas, com medo e angustiadas, no futuro, tentar-se-á provar que será preferível eliminar os observadores do Sábado, do que permitir a desordem e desobediência a leis humanas que, segundo alguns, será a causa de tantos sofrimentos que se abaterão sobre os perdidos habitantes da Terra.

Então, através desses atos, acharão os homens ter encontrado o caminho para maior paz e segurança, tal como agora sucede. Mas a sentença de Deus sobre eles está anunciada:
"Quando pastores, agricultores, negociantes, advogados, grandes e pretensos bons homens exclamarem: "Paz e segurança!", sobrevirá repentina destruição. Lucas relata as palavras de Cristo, de que o dia de Deus vem como um laço - a figura de um animal andando na selva em busca da presa, e eis que, de repente, ele é apanhado na disfarçada armadilha do caçador" (Manuscript Releases, v. 10, p. 266).
A própria História está a avisar-nos que aquilo que poderíamos eventualmente considerar como muito difícil de suceder, é, afinal, apenas e só uma questão de tempo e de circunstâncias mais favoráveis.

Mas, como alguém me dizia recentemente, não há surpresa nem temor; é só estar atento e perceber que tudo se encaminha para o que há muito está anunciado....

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